Quando a gente tem uma prova muito difícil pela frente, sempre bate aquele desespero: “Como eu faço pra estudar?”
Um estudo publicado pela Psychological Science in the Public Interest em janeiro deste ano, mostrou quais são as técnicas de estudo mais eficazes para a aprendizagem dos jovens.
É claro que cada um tem seu próprio método e nem todas as técnicas são para todo tipo de pessoa, mas uma ajudinha antes das provas é sempre bem vinda!
Veja a lista com as 10 melhores técnicas de estudo, em ordem de relevância:
Grifar (utilidade: baixa)
Muita gente acha que grifar as partes mais importantes do texto é uma boa forma de estudar. Mas os estudos comprovaram que só grifar não adianta! Isso porque a gente acaba
ficando no “automático” e grifando só pra mostrar pra nós mesmos, que já lemos determinada página.
Grifar é importante, mas não é o suficiente!
Mnemônicos (utilidade: baixa)
Esse termo esquisito é usado para determinar técnicas de memorização comumente utilizadas em sala de aula.
Em apostilas e sites de concursos públicos, é muito comum ver o uso de mnemônicos com as primeiras letras ou sílabas, como SoCiDiVaPlu para decorar os fundamentos da República Federativa do Brasil (artigo 1º da Constituição).
O estudo da Psychological Science in the Public Interest mostrou quando inventado uma palavra “nada a ver” para significar outra coisa, a gente se esforça tanto para decorar a palavra inventada, que se esquece do que ela representa. Por isso, use apenas em casos que dê para fazer uma palavra- chave condizente com o assunto.
Visualização (utilidade: baixa)
Neste caso, foi estudada a famosa “memória fotográfica”.
Os pesquisadores pediram que estudantes imaginassem figuras enquanto liam textos. O resultado positivo foi apenas em relação à memorização de frases. Em relação a textos mais longos, a técnica mostrou-se pouco efetiva.
A transformação das imagens mentais em desenhos também não demonstrou aumentar a aprendizagem e ainda trouxe o inconveniente de limitar os benefícios da imaginação.
Como os testes atuais usam muita interpretação de texto, isso pode não te ajudar muito.
Resumos (utilidade: baixa)
O estudo mostrou que os resumos são úteis para provas escritas, mas não para provas objetivas.
Mesmo sendo melhor do que apenas grifar, resumir acaba engessando como você determinado conceito e pode te travar em questões e múltipla-escolha.
Releitura (utilidade: baixa)
Reler um conteúdo, em regra, é menos efetivo do que as demais técnicas apresentadas. Porém, o estudo mostrou que reler um mesmo texto várias vezes em seguida – sem ler outros assuntos no intervalo – pode ser mais eficaz do que fazer um resumo.
Interrogação elaborativa (utilidade: moderada)
A técnica consiste em criar explicações que justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros. Para funcionar, você deve se concentrar no “por quê?” das coisas.
E tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas origens.
Auto-explicação (utilidade: moderada)
A auto-explicação trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo.
O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.
Estudo intercalado (utilidade: moderada)
A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória.
Os cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas).
Teste prático (utilidade: alta)
Essa é uma das maneiras mais eficazes de aprender e fixar qualquer tipo de conteúdo: A prática.
Tentar traduzir o que você aprendeu para seu cotidiano e colocar a mão na massa irá fazer você aprender determinado assunto, não só para a prova, mas para a vida.
Prática distribuída (utilidade: alta)
A prática consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só.
Pesquisas mostram que o tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo por cinco anos, você deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses. Se quiser lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.
A prática distribuída também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite.
Outro fator que comprova que esta é a melhor técnica é que o cérebro só ira armazenar o que você estudou, em seu momento de descanso! Por isso, o melhor horário para estudar é antes de dormir.
Agora, acabaram as desculpas! Ao trabalho!